quinta-feira, 23 de junho de 2011

dando um tempo

Estou fazendo um curso, e meu tempo esta muito escasso. Em setembro, volto com forca total!! Abraco!!

domingo, 8 de maio de 2011

Uma reflexão sobre como classificar os alunos de Harry Porter

Este texto é mais uma brincadeira de minha parte. Teve um texto que falei sobre classificações de personalidade, mais abaixo. Aí fiquei pensando: como usar essa classificação para analisar os alunos, e para que grupo iriam?
Em Hogwarts (escola de bruxaria onde Harry estuda) existem 4 grupos onde vc pode ser encaixado: Corvinal, sonserina, lufa-lufa e grifindória. E as maiores características, pelo que me lembro, de cada grupo desse é que:
Corvinal: Inteligência (no sentido de serem mais racionais, inteligência lógico-matemático)
Lufa-lufa: Amizade.
Grifindória: Coragem.
Sonserina: Poder.

Então, fazendo uma avaliação, penso que:
Corvinal: Usam mais como forma de buscar prazer ou evitar desprazer a razão, e um foco maior também no contato com objetos não-humanos, se comparado com os outros grupos;
Lufa-lufa: Que usam como forma de buscar prazer, a afiliação, e como forma de evitar desprazer, a evitação;
Grifindória: Usam como forma de evitar desprazer a busca por poder (no sentido de confrontação, de bater de frente), e como busca por prazer, a afiliação ou realização;
Sonseria: Como forma de evitar desprazer, usa a busca por poder (confrontação, ou aliança) e, como forma de buscar prazer, o poder (dominação ou aliança).

Por isso que os maiores embates ocorrem entre grifindória e sonserina, pois são ambos os que mais usam a confrontação em uma situação de ameaça. Sonserina buscando poder na maior parte do tempo, e grifindória, respondendo de imediato quando é ameaçada. Lufa-lufa, seria mais aquela que geralmente não reage,mas que também não trai os amigos, e busca ajudá-los. Corvinal, seria a estrategista, aquela que demora a atuar, mas quando atua, é pq tem um plano elaborado.

Eu, acho que nem preciso falar, me identifico muito com corvinal. e vc?

Os opostos

Tem uma idéia de Jung que acho bem interessante: A valoração afetiva enquanto originada de uma tensão entre dois pólos opostos. Pelo que eu entendi, ele diz que as classificações que fazemos é baseada em uma comparação entre duas características opostas. Por exemplo, quando vc afirma que uma mulher é bonita, vc afirma isso pq vc comparou com uma idéia do que seria uma mulher feia; quando vc diz que alguém é alto, é pq vc comparou com uma idéia do que seria uma pessoa baixa, e isso acontece nos outros casos, como uma pessoa ser magra, inteligente, extrovertida, habilidosa, etc. Todas as classificações que fazemos baseados em valores (ou seja, classificações não-objetivas, pois as objetivas seriam descrições como: fulano mede 1 metro e 80, ou pesa 60 kilos) são classificações que só podem ser feitas se houver uma polaridade e, sem a polaridade, não existiria a valorização de uma característica. Por exemplo, nós só valorizamos a saúde pq conhecemos a doença e, quando estamos doentes, aí é que a comparação entre estar saudável e estar doente ocorre de maior forma; só valorizamos a vida quando conhecemos a morte e, quando passamos por uma experiência de quase-morte, aí é q valorizamos a vida, pois a comparação sobre viver e o morrer fica mais forte; quanto perdemos alguém (término de um namoro, morte amigo, ou familiar) é que sentimos falta da pessoa, caso gostemos dela, porque fica mais forte a comparação entre ter a pessoa por perto e não ter. Por isso que o ditado "só valorizamos quando perdemos" é válido.

No dia a dia, nos acostumamos com certas coisas, por exemplo, em estar saudáveis, ou em ver pessoas "normais", que têm 2 braços e 2 pernas, e por isso, esquecemos o que é estar doente, ou o que seria ter uma deficiência, e acabamos por maltratar o corpo. Comemos mal (mcdonalds da vida), não fazemos atividade física, as vezes nos expomos a perigos em busca da beleza (usar anabolizantes). Porém, quando estamos doentes, com enxaqueca pesada, ou perdemos a capacidade de andar, ou temos uma pressão altíssima, aí sim, valorizamos o que podíamos fazer. Talvez por isso exista tanto o foco em recuperar a saúde em vez de previnir, e uma forma de estimular a prevenção possa ser mostrar a realidade nua e crua.

Esse tema me faz lembrar da história bíblica de Adão e Eva: Viviam em uma paraíso, mas acabaram fazendo besteira, comeram do fruto proibido, e perderam o paraíso. A questão é que, justamente por não conhecer a morte, a fome, sede, ou seja, o que seria o não-paraíso, eles não tinham com o que comparar o paraíso. Da mesma forma que não valorizamos o fato de termos 2 braços e 2 pernas (só valorizamos qndo vemos uma pessoa sem braço ou sem perna, ou que não consegue andar, ou tetraplégica, por exemplo) e não valorizamos justamente pq geralmente não temos a visão do oposto, como então valorizar um paraíso, sem conhecer um mundo oposto a esse?

Teve um professor meu que falou uma vez uma frase que, a princípio parece confusa, mas na verdade faz todo o sentido: Se vc diz que todos têm uma mesma característica, então ninguém tem essa característica. Por exemplo, se todas as pessoas do mundo fossem bonitas, no mesmo grau e intensidade, se, por exemplo, todos fossem tipos gêmeos na questão de beleza, então, quem se sobressaltaria? Ninguém, pq todos são iguais. Ou seja, não tem pessoas feias ou mais bonitas para servirem de comparação. Logo, se todos fossem bonitos no mesmo grau, ninguém chamaria a atenção pela beleza, logo, ninguém seria bonito. Capitsche?

domingo, 24 de abril de 2011

Classificação de personalidade

No momento, estou lendo um livro de Jung, chamado: A natureza da psique. Estou pensando sobre uma classificação que ele faz, para avaliar determinada personalidade. Ele menciona a introversão (foco em si) e extroversão (foco no externo) como formas de entrar em contato, e,enquanto reação, uma reação baseada no pensamento (racional) ou mais no sentimento. Tenho pensado sobre muitas coisas a respeito disso, mas não estou muito disposto a digitar sobre (preguiça). O que gostaria mais de compartilhar, é que penso ser possível aproximar estas informações trazidas por Jung com as informações trazidas por Horney (que ja falei em outro tópico), e também com as informações trazidas por David Mcclelland.
Pelo pouco que sei sobre a teoria motivacional de Mcclelland, ele fala sobre 3 motivadores: Busca por realização (que interpreto como busca por prazer em um contato com um objeto, ou em buscar um objetivo); afiliação ( busca por prazer em um contato com outra pessoa) e busca por poder (prazer em dominar, se submeter a uma pessoa, ou controlar uma situação).

O que Mcclelland e Horney falam, vejo enquanto bastante semelhantes. A diferença é que Horney focou no comportamento enquanto evitação de desprazer, e Mcclelland, enquanto busca por prazer. Portanto, o que Horney fala de busca por poder é semelhante ao que Mcclelland fala, só que com motivações opostas, e o mesmo se dá em relação a busca por realização e a evitação de contato (no sentido que a interação é feita com algo não-humano).

Então, utilizando as classificações de Jung de introversão-extroversão e ação baseado no pensamento-sentimento, dá pra fazer um correlato com o que mencionei acima. A realização e a evitação de contato, por serem ações que focam algo não-humano, poderia dizer que há uma predominância em uma introversão no contato com pessoas, e uma extroversão com o não-humano; A busca por poder, quando fosse de caráter narcísico ou histriônico, poderia mostrar um foco na extroversão para contato com pessoas, com a ação baseada nos sentimentos, enquanto que, quando fosse de caráter obsessivo-compulsivo, poderia mostrar um foco na extroversão para a situação (pessoas ou não), com a ação baseada nos pensamentos.

Portanto, ao meu ver, as classificações dos tipos de personalidade que mencionei em outro texto que escrevi poderiam ser ampliadas não só verificando os padrões para lidar com situações ameaçadoras, mas também para compreender os padrões para situações prazerosas, e as idéias de Jung parecem interessantes para uma compreensão mais detalhada dos tipos de personalidade.

sábado, 26 de março de 2011

Linguagem não verbal

Uma coisa que sinto falta, e que caiu a ficha só agora, é que na faculdade de psicologia, a gente não aprende a analisar de forma científica a linguagem não verbal. Na facul, a gente aprende a analisar o discurso, o que a pessoa fala, e de forma bem superficial, como fala (tipo, se demonstra de forma evidente tristeza, ansiedade, e outras emoções). A gente foca tanto no conteúdo, e aprende trocentas formas de entender esse conteúdo de forma embasada(pois existem trocentas linhas teóricas) e, no que se refere a linguagem corporal e expressões faciais, não aprende praticamente nada. Dizer que ela chorou quando falou sobre a infância, por exemplo, é dizer algo absurdamente óbvio, que qualquer pessoa percebe, e é isso o que a gente aprende. Comecei a ver a importância da linguagem não verbal quando fui ler um livro bem conhecido, O Corpo Fala (livro que, por sinal, achei muito ruim, mas pelo menos me fez pensar um bocado sobre o comportamento corporal). Neste livro, tem um trecho que fala que a maior parte da comunicação ocorre de forma não verbal, e isso é verdade, e foi aí que caiu a ficha, do quanto de informação eu negligenciava em um contato. Tem muitos sinais sutis que a gente não aprendeu a entender, um entendimento embasado em pesquisa e empirismo, e não feito de qualquer jeito, nos achismos que nós psicólogos às vezes usamos para explicar algo que não sabemos, pois parece que admitir que não tem uma resposta é um golpe no ego, sei lá. Lembro de uma amiga que, quando perguntaram sobre o porquê de gêmeos falarem as vezes que um sentiu o que o outro sentiu em um mesmo tempo, sendo que estavam em lugares diferentes, ela respondeu que Jung chama isso de insconsciente coletivo, e que era uma comunicação que temos, e outras coisas nada a ver, só porque não teve um pingo de humildade e dizer: eu não sei. Vamos ser humildes gente, psicologia é ciência, e não achismo da vida (momento desabafo)...

Continuando, o livro que citei, embora eu não tenha aproveitado informação nenhuma (admito que nem li todo pq só falava coisa nada a ver, com uma explicação que não convencia) me fez pensar sobre como é a linguagem corporal de quem está em um processo de introversão (fechamento de contato) ou extroversão (abertura de contato), sendo que essa introversão ou extroversão se manifesta em relação aos órgãos dos sentidos. Por exemplo, em relação à visão, dá pra entender o porquê de, quando estamos lembrando de um fato, geralmente desviamos o olhar para o chão ou para os lados (olhamos para o chão ou os lados pois queremos inibir os estímulos visuais e focar na memória visual), ou desviamos o olhar sobre algo que não queremos ver (quando está se aproximando alguém inconveniente). Outro exemplo é porque encolhemos o corpo,por exemplo,pessoas tímidas andam curvadas porque não querem interagir com o meio externo (introversão tátil ao meio externo); pessoas confiantes andam com peito estufado (demonstrando extroversão tátil, ou seja, vontade de interagir com o ambiente)e olham para frente (extroversão visual).

Depois, nem lembro como, acabei chegando no trabalho de um psicólogo americano, Paul Ekman, que fez muitos estudos sobre expressões faciais. Nele, por sinal, é quem se basearam para fazer o seriado Lie To Me, onde ensinam muita coisa, bem interessante!! Ainda não li os livros, vou comprar um dele que acabou de ter sua versão em português lançada (antes só tinha em inglês), mas já vi dois programas que ele lançou para treinar as pessoas para reconhecerem as expressões faciais e as emoções, e achei fantástico!!!! É por causa desses programas dele que me empolguei para escrever hj, sobre esse tema. Pessoal, baixem o programa, é muito legal. ele tem 3 programas: METT (micro expression training tools), SETT (subtle expression training tools) e o Facial action code system (FACS). Entrem na comunidade Paul Ekman que vcs descobrem como rodar esses programas. Super recomendados!!!
No programa, ele mostra imagens de pessoas e pede para vc identificar as emoções. essas imagens são passadas em frações de segundo. Tem todo um treinamento no programa, ele explica bem básico as contrações dos musculos em cada emoção. Mais uma vez, recomendo!!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Programação neurolinguistica

Comecei a ler neste fim de semana que passou um livro sobre PNL, de Steve Andreas. Ainda estou no começo do livro, e achei fantástica a proposta dele. De acordo com o livro, a pnl foi desenvolvida com o objetivo de buscar uma maior eficácia nas intervenções psicológicas, de buscar modificações rápidas do comportamento humano. Ele sugere que a gente aprenda a mudar os pensamentos que desencadeiam a sucessão de sentimentos e comportamentos pois, como nós agimos baseado no que pensamos das coisas, se mudarmos nossa forma de pensar, mudamos nossa forma de sentir e agir. Ele basicamente, no começo do livro, fala de 4 formas de lidar com a situação de ansiedade: Buscar pensar no que pode ser feito para superar isso; buscar focar nas oportunidades que podem ocorrer com a situação (ou seja, pensar nas coisas boas); buscar se distanciar afetivamente; e buscar , antes de encarar a situação, associar o contexto de ansiedade com algum sentimento positivo.

O que achei legal desse livro é que, pensando pela teoria de Bandura (teoria da aprendizagem social), o que esse livro de pnl fala, pelo menos no começo, faz todo o sentido, dá para ser muito bem embasado pelo pensamento de Bandura. Bandura fala que a ansiedade surge por envolver 2 percepções: perceber que a situação é ou será ameaçadora (expectativa de resultado), e perceber que não tem capacidade para lidar com ela (expectativa de auto-eficácia). Por exemplo, se eu achar que meu pai vai brigar comigo, e se eu perceber que eu não vou saber como lidar com ele, falar com ele, surge ansiedade em sua forma mais intensa. Se ele vier brigar comigo, mas me sinto confiante, pq sei como reagir, ou se eu for inseguro e não saber reagir em situações de conflito, mas sei que meu pai é tranquilo e não vai brigar comigo, então a ansiedade não toma maiores proporções. Pensando sobre Bandura, e unindo com Piaget, que fala sobre o desenvolvimento cognitivo da criança, penso que, de início, a criança só consegue visualizar sobre se uma situação é potencialmente ameaçadora ou não; depois que ela atinge o estágio operatório concreto, onde ela tem capacidade para pensar de forma mais ampla, de planejar suas ações, é que o fator de expectativa de auto-eficácia entra em jogo, e aí ficam os 2 fatores influenciando sobre se sinto maior ansiedade ou não.

Enfim, o que achei legal da pnl é que, já que esses 2 fatores são decisivos para se sinto ansiedade ou não, uma forma mais rápidade intervenção seria, ou mostrar para a pessoa o que ela pode fazer para ter capacidade de lidar com a situação (uma forma de "treinar" a pessoa para aprender a lidar da melhor forma para ela) ou tirar o foco da ameaça para focar na oportunidade, para focar em uma coisa boa que pode acontecer com aquela situação. O outro método, de distanciar da situação, tem a ver com remover o pensamento que gera os sentimentos e comportamentos de ansiedade, pois, se não penso, não sinto nem ajo. A meditação, por exemplo, traz uma proposta de vida pacífica, tranquila, justamente por aprender a desligar esses pensamentos. Já o último método, de associar a situação com sentimentos bons, tem embasamento, a meu ver, em técnicas comportamentais de dessensibilização, ou contra-condicionamento.

Nessa proposta da pnl, o bacana é que dá uma orientação para uma intervenção de curtíssimo prazo. Em um contexto de psicoterapia, lógico que é necessário um aprofundamento maior em algumas questões, mas, por exemplo, em um contato para resolução de problemas, uma orientação, essa abordagem pode ser bem útil, pois dá uma objetividade para intervenção. Esse livro me fez entender a teoria de Bandura de um jeito que não tinha pensado antes.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Teoria motivacional de Maslow

Aqui vai um texto bem curto, pq ando com preguiça de digitar aqui. No curso de psicologia, todo mundo já ouviu ou vai ouvir falar da pirâmide de Maslow, e sua hierarquia das necessidades: necessidades fisiológicas em primeiro plano, depois vem a necessidade de segurança, socialização, criação-doação, e por final, no topo da pirâmide, a necessidade de auto-realização. Maslow explica cada uma dessas necessidades, e que as que ficam na parte inferior da pirâmide têm uma primazia, uma dominância da necessidade, em relação à que fica acima. Por exemplo: necessidade fisiológica (fome, sede, etc) tem maior força que todas as outras; a de segurança, tem maior força sobre a de socialização, criação-doação e auto-realização, e assim por diante. Isso não é nenhuma novidade o que acabei de colocar.

Tem um autor, acho q é Alderfer, que não pensa nessas necessidades em forma de pirâmida, e sim que, aquela necessidade que tem maior força, no determinado momento, é que vence enquanto prioridade. Por exemplo, para Maslow, fome e sede sempre venceriam as demais necessidades, ou seja, fome sempre estaria na frente da necessidade de sozialização, por exemplo. Para o outro autor, não necessariamente, pois depende da força daquelas necessidades em questão. Isso explica, por exemplo, o fenômeno da anorexia, pois a pessoa, mesmo sentindo fome, não cede a essa necessidade de alimento, preferindo satisfazer a necessidade de sozialização; uma greve de fome, por exemplo, pode sacrificar a necessidade fisiológica pela de segurança, ou criação-doação...

A minha idéia particular, que acrescento a essa teoria, é a compreensão que os afetos são de 2 características: ou são prazerozos, ou desprazerosos. Somando essa informação nas necessidades descritas por Maslow, penso que:

Buscar satisfazer as necessidades fisiológicas = buscar evitar um desprazer imediato
" " " de segurança = busca evitar um desprazer possível, futuro
" " " de socialização = buscar, ou evitar um desprazer futuro (ser alvo de depreciação, escárnio) ou buscar um prazer futuro (novas amizades)
Buscar satisfazer necessidade de criação-doação = buscar um prazer futuro (por exemplo, estudar para passar num concurso, ou trabalhar para ser promovido)

Buscar a auto-realização = Buscar um prazer imediato (rir com os amigos, praticar um hobbie).