quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Transtornos de personalidade

Tem certas descobertas q fazemos durante a facul, durantes as aulas, e existem descobertas q a gente faz por conta própria. Em relação a psicologia, conheci algumas teorias bem interessantes só depois da facul, lendo por conta própria. 2 autores que conheci mais nesse processo foram Bandura e Karen Horney e, em relação a entender as classificações existentes no CID 10 e no DSM- IV dos transtornos de personalidade, Horney e sua teoria foram muito úteis para mim. Pelo que eu li (ainda quero me aprofundar mais na teoria dela), ela afirma que existe uma ansiedade inicial, e que esta ansiedade (possível ameaça) faz com que as pessoas busquem lidar com ela, basicamente por meio da evitação, submissão, ou controle (poder). Seria um desdobramento da concepção de luta-fuga (fugir da situação ou reagir a ela), frente a situações de ameaça, de perigo. Assim, o transtorno de personalidade seria um pensamento rígido de ser ameaçado em certas situações, e com uma reação rígida frente a elas. E, baseado nessas reações de evitação, submissão ou poder, dá para fazer uma relação com os transtornos classificados nos manuais, e até uma relação temporal do contato.

Por exemplo: Perceber as situações como constantes fontes de ameaça (transtorno paranoide);

Em uma situação de possível perigo futuro, as pessoas podem evitar entrar em contato com a situação. Aqui, poderíamos pensar, por exemplo, no transtorno de personalidade esquizóide, no transtorno depressivo (quando relacionado com ansiedade) ou no transtorno dependente; Acho q o transtorno depressivo é um bloqueio de interações maior que o esquizóide, pois o esquizóide bloqueia de certa forma o contato com pessoas, mas se permite contato com outros objetos, enquanto o depresivo bloqueia praticamente todas as formas de contato;

podem, se inevitável entrar em contato, planejar para que a situação não gere a determinada ameaça. Aqui, a gente pode pensar no transtorno obssessivo-compulsivo;

uma vez em contato, pode se submeter a situação, por medo. Aqui, poderíamos pensar no transtorno de personalidade esquiva; pode, na mesma situação, buscar ter poder sobre a ameaça, mostrando-se mais forte (aqui, pode-se pensar no transtorno narcísico); ou pode buscar compartilhar o poder, se aliar a fonte de ameaça (transtorno histriônico).

Enfim, esse é um esboço da utilização da teoria de Horney pra entender as classificações dos transtornos de personalidade. Ainda quero ler mais sobre ela, e pensar nessa relação, pq acho q tem certas falhas nessa associação. Lembrei tb qndo conversava com um amigo que é tenente da policia, trabalha com operações especiais, e falou de um curso de psicologia para negociador, e comecei a pensar como eu buscaria identificar o perfil de um sequestrador, por exemplo, para poder negociar com ele. Esse modelo de Horney, tb achei bem util para esta situação. Por exemplo, se ele, em situação de ameaça, reage com medo/submissão, acho q o melhor seria mostrar que a ação dele trará consequências desastrosas, e que o melhor seria se render, comunicando-me de forma neutra (o medo dele nesta situação seria útil); se ele busca o controle, as ações deveriam ser mais rápidas, para não dar tempo de pensar do sequestrador (no caso de situações de grande perigo) ou, se forem situações de menor perigo, focar no aspecto mais racional, mostrando o que pode acontecer se ele se entregar ou se continuar a agir daquela forma; se ele busca poder, mostrando-se ameaçador, o melhor seria mostrar calma, que o sequestrador tem o domínio da situação, para que ele não se sinta ameaçado. Enfim, idéias ainda soltas, pensarei mais sobre isso.

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